Concorrência com comércio paralelo faz Ceasa perder de 25 a 30 por cento de sua fatia no mercado em Caxias do Sul
terça-feira, 16 de abril de 2013A movimentação de caminhões no entorno da Ceasa-Serra/Adcointer nas terças e quintas-feiras pode ser vista como um prenúncio de que a feira de logo mais será movimentada. Já a partir das 8h30min, horas antes do comércio de hortifrutigranjeiros da Ceasa começar — o espaço abre às 15h —, mais de uma dúzia de feirantes inicia a troca de caixas na cidade de Caxias do Sul de mercadorias na Capitão Artemin Karan, rua do bairro Santa Lúcia que fica aos fundos da central de abastecimento em Caxias do Sul, representando um comércio paralelo e desleal ao setor.
Essa concorrência faz com o Ceasa perca de 25% a 30% de sua fatia de mercado. Muitos agricultores e atacadistas alegam que o horário de abertura da Ceasa no meio da tarde é prejudicial aos seus negócios, forçando a informalidade:
— É um comércio paralelo, irregular e desleal, já que a maioria que vende nesse espaço não dá nota fiscal e não paga taxas. Com isso, consegue oferecer produtos mais baratos. É injusto com quem paga os seus espaços e é regularizado — critica Antonio Garbin, gerente-técnico operacional da Adcointer Ceasa/Serra.
A prática já é antiga, segundo moradores do bairro e a própria administração do Ceasa, e se intensifica em épocas de safra.
— Legalmente não temos atribuição, não há o que fazer pois acontece na rua. É um problema histórico, vem de muito tempo. Tem períodos que se intensifica, outros é menor — explica o diretor-presidente do Ceasa-Serra/Adcointer, Araí Horn, que também é secretário municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Pois Garbin não concorda e acredita que o município, que deve exigir alvará de funcionamento, e o Estado do Rio Grande do Sul, que perde em ICMS, precisam agir em conjunto com a Brigada Militar para coibir esse comércio irregular.
— O Estado e o município têm de agir em conjunto para fiscalizar, notificar e apreender as mercadorias desses produtores por não terem alvará de funcionamento e por venderem sem nota fiscal. Se isso fosse feito apenas uma vez, mudaria a situação — salienta.
Fonte: Pioneiro
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